Reconexão a minha essência

Como é bom retornar a mim mesma, à minha essência, àquilo que conecta com a minha alma, essa busca pelo divino em nós. Reencontrar minha motivação essencial é como resgatar minha identidade pessoal e sentir minha força reaparecendo aos poucos.

Não vou dizer que estou totalmente conectada, mas a cada dia que passa, enquanto escrevo e me aproximo das pessoas que quero por perto, sinto esse movimento se tornar mais real. Mesmo que, no cotidiano, o tempo dificulte conexões profundas, quando elas acontecem, mesmo que brevemente, fazem sentido de verdade.

Quando retomei os estudos de astrologia e me deparei com o símbolo do Sol, compreendi uma nova camada da minha existência. O glifo solar, com seu círculo representando o espírito e o ponto central simbolizando o divino que tudo permeia, me revelou o quanto me reconectar comigo mesma é também me reconectar com o sagrado. O divino, quando é verdadeiro, não precisa de justificativa, ele simplesmente é. E é a partir dessa conexão que venho aprendendo a observar minha vitalidade, minha consciência, meu impulso de vida.

Ao refletir sobre o meu signo solar, percebo a importância de mergulhar com profundidade no arquétipo de Gêmeos. Claro que o mapa como um todo precisa ser considerado, mas compreender que minha motivação passa pela comunicação, pelas trocas e pelas boas relações é fundamental. Isso não significa, porém, que estou sempre disposta a falar sobre tudo. Para que a troca seja verdadeira, preciso me sentir conectada de fato. Do contrário, serão apenas camadas superficiais, e isso já não me alimenta.

Sinto que me nutro quando posso aprender, dialogar e me movimentar por dentro. E hoje, a astrologia tem me conectado com esses aspectos de maneira única. Nela, consigo acessar diferentes pontos de vista, transitar entre temas diversos, criar pontes entre o que observo nos mapas e o que percebo nas pessoas. É assim que realmente aprendo, conectando saberes e corações.

Percebo também como é essencial que haja estímulo mental e liberdade para circular entre contextos distintos. Gosto desse impulso que me leva à expressão e à descoberta constante. No entanto, reconheço que um dos meus desafios é a tendência à dispersão diante das infinitas possibilidades que cada estudo me oferece. O risco de transformar essa motivação em ansiedade mental é real, e por isso venho cultivando mais foco e escuta profunda, para não me perder do que é essencial.

É justamente nesse ponto que volto a me lembrar do verdadeiro significado do Sol. O Sol em Gêmeos revela uma identidade que se nutre de ideias, de trocas e de movimento. Uma alma que veio ao mundo para observar, comunicar, ensinar e aprender. Sua luz brilha quando está em contato com a pluralidade da vida e tem espaço para se expressar com liberdade e inteligência. O caminho de realização envolve escuta, presença e profundidade, para que o saber não fique apenas na mente, mas se transforme em ponte viva com o mundo.

E a cada passo que dou nesse caminho de autoconhecimento, sinto que retomo o compromisso com o que realmente me move, mesmo quando as situações externas parecem intensas ou desafiadoras. Essa é, para mim, a luz do Sol: reencontrar, dia após dia, aquilo que dá sentido ao meu existir.

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