A jornada da minha inteireza
A Aura de Vênus, este projeto que pensei, foi idealizado no ano passado. Para ser sincera, eu sabia que queria me conectar com o que acredito, com aquilo que tantas vezes busquei na astrologia. Por mais que quisesse falar de astrologia, eu tinha criado um distanciamento dela, e este ano foi um mergulho, antes mesmo do projeto, um mergulho na minha alma, e claro, esse mergulho não termina, porque é algo que me atravessa e me faz revisitar quem sou em diferentes fases da vida. Gosto muito da astrologia, pois sei que sempre vou trabalhar nas minhas camadas, mas este ano foi diferente, me coloquei presente, com mais verdade e entrega nesses estudos.
Em outros momentos da vida, me desconectei, mas hoje vejo que não faz sentido a minha vida sem astrologia, e mais do que isso, sem autoconhecimento. No começo, para ser sincera, fui bem resistente em apresentar a astrologia. A resistência era minha, e sabe por quê? Por medo do julgamento. Mas julgamento de quem? O mais difícil, o meu. E como acredito nas sincronicidades do universo, quem me conhece um pouco sabe que não acredito em acaso. Tudo na nossa vida faz sentido, mesmo quando parece que não. E veja, quando escolhi fazer a primeira publicação sobre astrologia no ano passado, fiquei pensando dez vezes se fazia sentido ou não, se deveria ou não, e por quê? Porque tinha me desconectado da minha essência. Falando assim, parece que essa desconexão aconteceu de um dia para o outro, e claro que não, foi ano após ano, silenciosamente, até que percebi que havia me afastado do que me fazia bem. Mas como disse, não acredito em acaso, e até nos momentos mais difíceis da minha vida sei que vieram para me trazer um aprendizado. Dizer isso não significa que não tenha doído, ou que não pudesse ter sido diferente, mas consigo compreender, e quando compreendemos, o sofrimento pode ser menor, mais humano, mais consciente.
Hoje vejo que cada etapa, as alegrias, as tristezas, as decepções e as expectativas me trouxeram até a Thais que sou hoje. A Thais que pode dizer que aprendeu, e continua aprendendo com o processo. E vejo, de todo coração, que me encontrei, e que ao mesmo tempo começo a encontrar um caminho mais claro dentro da astrologia. Amanhã não sei se necessariamente será a astrologia o meu foco, porque gosto muito dos assuntos correlatos também, gosto de pensar na expansão da nossa consciência, gosto de imaginar que posso ser da minha forma mais genuína, e que posso me ancorar e me sentir segura quando o mundo parece cair à minha volta. A astrologia, para mim, hoje, é uma jornada de autoconhecimento e impacto. Antes de qualquer análise de mapa, antes do mundo, existo eu. Trabalhando meu impulso, acolhendo minha energia, reconhecendo que preciso de mim. Tenho muitos questionamentos, dúvidas, ansiedade de saber o futuro, mas esse ponto de conexão comigo mesma é o que me traz calma, presença e paz.
E veja, no final, como disse, tudo se conecta. Veja o nome da Aura de Vênus, reforçando mais uma vez que não foi ao acaso. Ele nasceu dessa minha jornada de buscar minha verdade, de me conectar com aquilo que me traz segurança, com meus valores, com tudo o que, quando estou em mim, se torna inegociável. Foi aí que entendi essa conexão com a minha Casa 2, que fala sobre o que valorizo. Por isso a Aura de Vênus. É onde, no meu mapa, tenho Vênus, e vejo que para trabalhar essa energia em movimento, eu vou cada vez mais entendendo e aceitando meu valor pessoal. Então, para que me preocupar com o julgamento? Sim, preciso me preocupar com o principal julgamento, o meu.
Este texto é um lembrete para que eu me recorde de valorizar a integridade e a sinceridade. Preciso de muita verdade para viver minha autonomia e trabalhar meus valores de segurança e estabilidade. Hoje, trabalhar tudo isso é me voltar para o início e lembrar como comecei, com muito receio, com dificuldade de confiar na minha própria capacidade e com a vontade de estruturar tudo antes de iniciar. Mas será mesmo que é assim que a vida acontece? Quando volto para mim, lembro que o mais importante é viver com verdade. O processo e a jornada, tanto do autoconhecimento quanto desse projeto, são o que realmente importam.
Quando olho para o ano passado, quando surgiu o nome, e me volto para mim, percebo o quanto avancei, mesmo nos pequenos passos. E não preciso me angustiar esperando e valorizando apenas grandes resultados, porque isso só nos desgasta e nos coloca em um mundo de comparações. Quando entendi que o julgamento mais difícil e cruel era o meu, percebi que com quem eu precisava ser mais atenta e amorosa era comigo. Até mesmo escrevendo este texto, percebo que é um exercício de trabalhar com a minha verdade, de ser inteira, ou melhor, de viver minha inteireza. Gosto muito dessa palavra, que traz o significado da qualidade do que é inteiro ou completo, e num sentido mais profundo, fala sobre ser honesta.
Vejo que não preciso trazer a perfeição, não preciso estar totalmente bem, mas apenas ser inteira do meu jeito, com a minha força, respeitando meu processo. Essa jornada de autoconhecimento, por menor que pareça, é um avanço em direção aos nossos sonhos e à transformação que queremos ver, tanto na nossa vida quanto na vida das pessoas que se conectam com a nossa energia. É também sobre contribuir para a transformação deste mundo, lembrando que cada pequena conquista deve ser celebrada. Pode parecer clichê, mas é nesse caminho do que toca verdadeiramente a minha vida que encontro sentido.